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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Educação do Maranhão é destaque em matéria de O Globo

Matéria publicada nesta segunda-feira (27) pelo jornal O Globo destaca a educação do Maranhão como a que mais avançou em 2009, de acordo com os dados recém divulgados pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), que analisa o desempenho de estudantes de 15 anos.

De acordo com a reportagem, “pior estado do país em 2006, o Maranhão conseguiu se tornar o que mais avançou em 2009. Na comparação do Todos pela Educação, ganhou 91 pontos em leitura, 71 em matemática e 45 em ciências”.

Entrevistada pela reportagem, a superintendente de Educação Básica da Secretaria de Educação do Maranhão (Seduc), Leuzinete Pereira da Silva, atribuiu essa evolução ao comprometimento dos professores e à boa formação de quem está em sala de aula. “Todos os nossos professores têm graduação, e um expressivo número tem pós. Mas contribuíram também a formação continuada e as aulas de reforço para os alunos”, disse.

O reconhecimento de O Globo ao crescimento da educação maranhense destacou também a estudante do Centro de Ensino Médio (CEM) Paulo Freire, Gabrielle Mendonça, de 16 anos, que ilustrou a matéria, tendo em mãos a redação de sua autoria que representou o Maranhão em concurso promovido pelo Senado.

Para o jornal, Gabrielle Mendonça reforçou que as atividades fora da sala são fundamentais. “As rodas de leitura que minha escola promove motivam os alunos”, afirmou.

De acordo com estudo do Todos pela Educação, o Maranhão, juntamente com São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amapá, Pernambuco, integra a lista dos estados que conseguiram média acima da obtida pelo Brasil, nas disciplinas analisadas pelo Pisa: leitura, matemática e ciências.

Ao todo, 11 estados tiveram queda em relação a 2006 em uma ou mais disciplinas. A pior média é a de Sergipe, que apresentou queda nas três áreas – perdeu 29 pontos em leitura, 26 em matemática e 24 em ciências.

“Em 2006, Sergipe tinha índices melhores que São Paulo, e agora está como São Paulo em 2006. As mudanças nesse estado e alguns outros resultados nos levam a crer que é mais fácil melhorar em áreas onde as médias eram as piores. Nas regiões onde já eram razoáveis, dar um salto é muito mais complicado”, diz o presidente do Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos.

QUADRO PISA

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) é um programa internacional de avaliação comparada, cuja principal finalidade é produzir indicadores sobre a efetividade dos sistemas educacionais, avaliando o desempenho de alunos na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.

Esse programa é desenvolvido e coordenado internacionalmente pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), havendo em cada país participante uma coordenação nacional. No Brasil, o Pisa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) “Anísio Teixeira”.

As avaliações do Pisa incluem cadernos de prova e questionários e acontecem a cada três anos, com ênfases distintas em três áreas: Leitura, Matemática e Ciências. Em cada edição, o foco recai principalmente sobre uma dessas áreas. Em 2000, o foco era na Leitura: em 2003, a área principal foi a Matemática; em 2006, a avaliação terá ênfase em Ciências.

Alguns elementos avaliados pelo Pisa, como o domínio de conhecimentos científicos básicos, fazem parte do currículo das escolas, porém o Pisa pretende ir além desse conhecimento escolar, examinando a capacidade dos alunos de analisar, raciocinar e refletir ativamente sobre seus conhecimentos e experiências, enfocando competências que serão relevantes para suas vidas futuras.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PARECE...

Qualquer semelhança, é mera coincidência.

Roseana começa o "melhor Governo da sua Vida", com o Maranhão ostentando os piores indicadores de Saúde do Brasil !!!


Em momento de reveillon, usamos muito os dizeres "ano novo, vida nova", mas para o povo do Maranhão, o presente de ano novo se apresenta da pior maneira possível, nossa população ostenta os piores indicadores de Saúde do Brasil, aqui as políticas de Saúde são somente factóides, que contribuem para que vidas sejam ceifadas dia após dia; doenças como Hanseníase e Tuberculose que foram erradicadas na maioria dos países do mundo alcançam no Maranhão patamares cada vez maiores, em virtude da falta de compromisso do Estado em coordenar e estruturar a atenção básica; o Programa Saúde da Família (PSF) funciona precariamente na maioria dos munícipios, e o estado cruza os braços, pois não exerce seu papel fomentador e fiscalizador da execução e aplicação dos recursos da saúde. No Maranhão o estado abdicou do seu papel na gestão da Saúde, onde nos governos anteriores de Roseana a Saúde não construiu um Hospital sequer, e quiz o destino que em 2010, coincidentemente no ano das eleições que a "Virtuosa" Governadora resolvesse construir de uma só vez 74 hospitais em todo o estado, com todos inaugurados e funcionando até o fim de 2010, até aí tudo bem, pois essas unidades de saúde diminuiriam o grande abismo médico-hospitalar entre o Maranhão e as outras unidades da federação, o problema é que esses hospitais não saíram do papel e quase todos estão com obras extremamente atrasadas; porém, mesmo que esses hospitais fossem todos inaugurados em tempo hábil, isso não mudaria a triste realidade do nosso povo, pois nas primeiras aulas de qualquer estudante de Gestão em Saúde, um dos conceitos que aprendemos é o da Hierarquização e o da Regionalização, o que significa que municipios menores terão unidades de saúde menores, e em não resolvendo referendam seus casos para as unidades de maior complexidade em municípios maiores ou centrais (microrregiões), as microregiões não resolvendo encaminham os casos para as Macrorregiões que seriam as unidades de alta-complexidade, formando uma rede de referência e contra-referência, com o objetivo de resolver a maioria dos agravos em saúde, o que foi ignorado na elaboração do plano de concessão dos 74 Hospitais.


Os problemas não param por aí....não temos hospitais no interior, os hospitais se ficarem prontos não serão equipados pelos municípios, e só serão equipados pelo estado se houver aprovação de aditivos para as obras executadas, aliás, todas sem licitação, sem nenhum planejamento prévio, e sem respeitar as necessidades regionais; e em sendo equipados também não funcionarão pois o estado nunca desenvolveu nenhuma política de formação de recursos humanos para a saúde, e há mais de quinze anos não realiza concursos públicos para a saúde; mas talvez o objetivo de Roseana e seus assessores seja esse, como não temos profissionais passaremos o controle e a administração dos Hospitais nascentes às OSSIP'S, pré-fabricadas ou talvez compradas nos corredores de Brasília, como as denunciadas pela mídia (Talvez se não tivesse visto não acreditaria...) mas “meninos, eu vi...”, e iguais a essas temos dezenas espalhadas pelo estado, ICN, CONSAEMA, CENTERVITA, etc..., é a privatização, é o CAOS....; também não temos uma política de Urgência e Emergência, o governo Federal criou as UPA'S em todo o país para diminuir as filas no Pronto-Socorros do Brasil, porém, como tudo no Maranhão é reinventado para que alguém se dê bem, aqui foram prometidas 7 UPA'S só em São Luís, o estado já construiu duas, uma no Itaqui-Bacanga e outra no Paque Vitória que ainda não funcionou, as outras três são na Cidade Operária, Vila Luizão e Bairro de Fátima, porém o que fizeram os gestores de Roseana, se aproveitaram de unidades de Saúde do Estado que já funcionavam perfeitamente servindo à população, e adaptaram transformando-as em UPA'S 24H, se valendo de recursos que eram para construir novas unidades, o PAM da Cidade Operária e o Hospital da Vila Luizão virarão UPA'S, e ninguem faz e nem fala nada !!!


Na atenção de Alta-Complexidade observamos uma situação que chega a ser pior que a das outras esferas de atenção, o estado inteiro conta apenas com uma unidade de Alta-complexidade credenciada para atender ao SUS, que é o HUUFMA, faltam leitos de UTI adulto e UTI Neonatal em todas as Macrorregiões (São Luís, Imperatriz, Caxias e Pinheiro), faltam leitos de Emergência, faltam leitos Eletivos, faltam profissionais Especialistas (Médicos, Enfermeiros, Bioquimicos, Fisioterapeutas, etc...), falta simplesmente tudo....


Companheiros e companheiras, são por estas razões, que eu não acredito que a participação do PT no Governo vai mudar as vidas e os destinos dos Maranhenses mais pobres que morrem nas filas dos Hospitais por falta de atendimento médico, isso acontece principalmente porque o Sistema não funciona, e a atual Governadora não tem interesse de modificar nada dessa realidade, porque muitos dos problemas que temos hoje foram criados por sua política equivocada, ou melhor pela falta de políticas sérias para o setor saúde, e a nós trabalhadores da Saúde, Sindicalistas da Saúde só nos resta, resistir, lutar e denunciar....Sorte a nossos irmãos, pois eles vão precisar....


Tomara que 2011 tenhamos muita saúde !!!!


Saudações Socialistas,


Raimundo Fonseca

Médico Ortopedista

Mestre em Ciências da Saúde

Professor UEMA-Caxias

Diretor de Políticas de Saúde – Sindicato dos Médicos do Maranhão

Militante da Saúde e do PT de São Luís

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Projeto aumenta para R$ 1.575 piso do magistério do ensino básico

Da Assessoria da Câmara Federal

Leonardo Prado

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7783/10, do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que fixa em R$ 1.575 o piso salarial nacional para profissionais do magistério público da educação básica. O projeto altera a Lei 11.738/08.

Segundo o autor, após duas décadas de luta, a aprovação da Lei 11.738/08, que criou o piso nacional para a categoria, foi comemorada pelos professores como uma grande vitória.Padilha lembra, no entanto, que, por razões políticas ou por dificuldades operacionais na aplicação do critério de atualização previsto na lei, os professores tem manifestado preocupação de a lei não ser aplicada na prática.

Insatisfação generalizada
“Após a demora para a implementação inicial da lei – atropelada por uma ação direta de inconstitucionalidade ainda pendente de julgamento final de mérito -, há uma insatisfação generalizada com as divergências sobre os critérios de atualização. O piso atualmente é de R$ 1.024,67.

Pelas regras em vigor hoje (Lei 11.738/08), o piso será atualizado no mês de janeiro no mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno definido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Pelo projeto, o cronograma de atualizações do piso de profissionais do magistério da educação básica, com formação em nível médio e jornada de 40 horas semanais, passara a ser o seguinte:
- no primeiro ano, 1/3 de acréscimo em relação ao valor praticado no exercício de 2010;
- no segundo ano, 2/3 de acréscimo em relação ao valor praticado no exercício de 2010;
- após esse período, valor integral de R$ 1.575,00.

“A elaboração do piso salarial dos profissionais do magistério é, em verdade, o maior e melhor investimento que podemos fazer em nosso crescimento como atores em um mercado globalizado”, argumenta o autor.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo, rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: – se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); – se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Os ensinamento de Jesus Cristo


Companheiros e Comapanheiras,



Que o Natal e ano que se aproximam sejam um momento de reflexão para lembrarmos e praticarmos em nosso cotidiano os ensinamento de Jesus Cristo. Para quem sabe um dia possamos ter um mundo melhor. Boas Festas!!!!!!


Com carinho,

Prof. Marcos Paulo

Pílula do dia seguinte

Jovens têm pouco conhecimento sobre a pílula do dia seguinte, aponta estudo

Folha.com

Uma pesquisa publicada na revista “Cadernos de Saúde Pública”, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), apontou que apenas 19% dos jovens entrevistados para o estudo sabiam para quais situações a anticoncepção de emergência é indicada.

Pilula do dia seguinte

Pilula do dia seguinte

Além disso, 35% deles consideravam o método abortivo e 81% achavam que ele traz riscos à saúde.

Os resultados também indicam que menos da metade dos estudantes (40,7%) sabia que a anticoncepção de emergência deveria ser usada até 72 horas da relação sexual desprotegida e cerca de 48% dos entrevistados achavam que a mulher tinha de 24 a 48 horas para usá-la.

A possível razão para isso, segundo os pesquisadores, é o nome popular pelo qual o método é conhecido –pílula do dia seguinte. Isso pode levar a adolescente a achar que a proteção só vale até 24 horas depois da relação.

O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo, da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Eles consultaram 588 estudantes de medicina, enfermagem, nutrição e educação física nas próprias instituições.

Segundo os pesquisadores, alguns profissionais de saúde são contra o método porque ele pode promover comportamento sexual irresponsável. No entanto, o trabalho aponta que a média de vezes que as meninas utilizaram a concepção de emergência ficou próxima de duas.

Apesar de estar incluída nas normas de planejamento familiar do Ministério da Saúde desde 1996, a anticoncepção de emergência é pouco utilizada no país. O pouco aproveitamento do método se deve à falta de informações sobre ele e a ideias erradas sobre seu uso.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O pódio será seu em 2011

O pódio será seu em 2011

Hoje eu quero falar com você sobre 2011.

Como já diz a música, adeus ano velho,… Que tudo se realize no ano que vai nascer.

Então, que 2011 seja para você um ano de realização.

Mas realização não cai do céu. Precisa de preparação.

Resultados sensacionais são consequências de uma preparação sensacional.

Por isso, meu conselho é: separe um tempo, faça uma análise do que você conseguiu neste ano, avalie os seus sonhos, estruture dois ou três objetivos para o ano novo, coloque isso por escrito e dê um jeito de ficar focado o ano inteiro nesses objetivos.

Pessoas que têm objetivos claros sempre têm muito mais sucesso do que aquelas que não têm ideia de para onde estão indo.

Tenha como um de seus objetivos principais que a sua atividade profissional busque ajudar as pessoas a resolverem problemas.

Quanto mais você se especializa em ajudar as pessoas a resolverem seus problemas, mais sucesso você tem, mais dinheiro você ganha.

Pare e pense: que problemas você resolve para o seu cliente? Que problemas você resolve para a sua empresa? Que problemas a sua empresa resolve para os clientes dela?

Não fuja dos problemas… Entusiasme-se com a possibilidade de resolvê-los.

Quando você ajuda as pessoas a resolverem os problemas delas, elas têm o maior prazer em pagar pelo seu trabalho e ajudá-lo a ser um profissional de sucesso.

Um excelente 2011. Vejo você no pódio!

Um grande abraço,
Roberto Shinyashiki

O ciclo Dilma Por Cristovam Buarque

O ciclo Dilma
Por Cristovam Buarque

A política, como a história, ocorre em ciclos. O Brasil atravessa um ciclo de consolidação da democracia com pequenos avanços socio-assistenciais: uma Social Democracia tímida (SDt) e também atrasada em relação às exigências do futuro. Desde a última inflexão histórica, ao sair da ditadura para a democracia e da inflexão com a estabilidade monetária.

A partir daí, Fernando Henrique Cardoso e Lula fizeram dois governos com avanços no crescimento com estabilidade e com pequenos avanços na distribuição da renda. O Brasil avançou, mas dentro do mesmo ciclo.

O crescimento econômico não mudou o perfil do produto para bens de alta tecnologia, nem com respeito ecológico; a ligeira distribuição de renda não quebrou o apartheid-social, não promoveu igualdade de oportunidade; as cidades não ficaram mais pacíficas, nem a política menos corrupta.

Com a corrupção na política, o endividamento das famílias, a ineficiência tecnológica e a apropriação do ensino superior público por apenas uma parcela rica da população, não será difícil a sedução do eleitor por candidato que defenda a moralidade, a cobrança nas universidades estatais, suspensão dos programas de transferência de renda, com seus recursos dirigidos para investimentos na infra-estrutura.

Vinte e cinco anos de um único modelo, com avanços, mas com tantas lacunas, é tempo suficiente para o esgotamento.

A presidente Dilma tem a chance de dar início a um novo ciclo; caso contrário será a última do ciclo atual. Se ela não avançar em reformas que signifiquem inflexões positivas, corre o risco de ver as propostas do atual ciclo se esgotando e o próximo pleito elegendo governos conservadores, ou caindo no “esquerdismo” ou no “populismo”. O primeiro não respeitará os avanços socio-assistenciais, os outros não respeitarão a responsabilidade fiscal. Isto para não citar o risco catastrófico de opções antidemocráticas.

Em vez da última do ciclo da Social Democracia tímida (SDt) o governo Dilma pode ser o primeiro de um novo ciclo que libere o país das amarras que sofre para uma Social Democracia Transformadora (SDT). Para isto, seu governo precisa fazer as inflexões necessárias e ir além do crescimento tradicional, com estabilidade monetária e bolsas.

É preciso fazer uma reforma política; implantar medidas para blindar o poder público contra a corrupção; criar mecanismos para o controle da violência; reorientar o processo produtivo para zelar pelo equilíbrio ecológico; fomentar uma economia baseada no conhecimento da ciência e da tecnologia; fazer o SUS funcionar a contento; promover a superação do “custo Brasil” decorrente de regras corporativas e de insuficiência na infra-estrutura econômica; e, sobretudo, a mãe de todas estas reformas, promover uma revolução na educação de base. Tudo isto, com respeito às regras democráticas e com responsabilidade fiscal.

De todas estas mudanças, a única que permitirá a presidente Dilma deixar sua marca na história do Brasil, como uma JK do século XXI, será iniciar o processo de transformação radical da educação de base, em dois aspectos: qualidade média equivalente a dos países mais modernos e educados; e a mesma chance de acesso à qualidade para cada brasileiro, independente da renda da família e da cidade em que mora.

O caminho é fazer com que todas as 200 mil escolas do Brasil tenham, pelo menos, a qualidade das atuais cerca de 200 escolas federais. Para isto, será necessário implantar a Carreira Nacional do Magistério e um programa federal de qualidade escolar, em horário integral.

Estes dois programas não são suficientes, nem darão seus resultados plenos em todo o Brasil durante um ou mesmo dois mandatos. Mas se tomar as medidas certas para promover a ruptura no triste quadro da tragédia educacional brasileira, a nova presidente será não apenas a primeira presidente mulher, mas também a primeira para um novo tempo: o ciclo Dilma.

*Cristovam Buarque é Professor da Universidade de Brasília e Senador pelo PDT/DF

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Confira as 20 metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020

15/12/2010 - 12h20

Confira as 20 metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020

Amanda Cieglinski

Da Agência Brasil
Em Brasília

O projeto de lei que institui o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que deverá vigorar nos próximos 10 anos, foi entregue hoje (14) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. O texto também detalha as estratégias necessárias para alcançar os objetivos delimitados.


Conheça as metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020:

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. 7 estratégias.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 9 estratégias.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.